top of page
Os Floristas e Dona Juta

Sinopse: Embalados por acordes de sanfona, Os Floristas passeiam delicadamente pelas ruas e praças da cidade, criando os mais diferentes arranjos de cores e de formas.

Dona Juta brinca desembestada pelas ruas, dando notícia de tudo que se passa ao seu redor de maneira tão absurda quanto a realidade que nos cerca.

©Ariane_Lazario-2-30.jpg
donajuta4_Foto_Rogério_Lopes.jpg

Ficha técnica:
 

Direção: Rogério Lopes

Figurinos e objetos cênicos: Tereza Bruzzi e Edsel Duarte

Criação e confecção de máscaras: Nayra Carneiro

Direção de arte: Barracão UFMG

Atuação: Beatriz Alvarenga, Jéssica Bento, Leo Ortiz e Leonardo Rocha

Costureiros: Edsel Duarte e Marcela Talita

Produção de áudio: Tina Horta

Fotografia: Luciana Antunes, Tina Horta, Ariane Lazario e Vitor Macedo

Registro audiovisual: Gabriel Beltrão, José Antônio de Almeida, Marina Barros,  e Renata Ferreira

Videomaker: Gabriel Beltrão

Projeto Gráfico: Renata Ferreira

Produção: Lucas Prado, Nayra Carneiro, Jefferson Góes e equipe TU: Produção e Memória

Realização: Teatro&Cidade – Núcleo de Pesquisa Cênica  do TU - UFMG

Promoção: Campus Cultural UFMG em Tiradentes e Diretoria de Ação Cultural

 

Sobre o processo de criação

Durante o segundo semestre de 2018, uma equipe coordenada pelos professores Rogério Lopes e Tereza Bruzzi percorreu boa parte das ruas de nove bairros da cidade de Tiradentes realizando experimentos criativos que resultaram nestas duas intervenções teatrais. O diálogo com elementos do artesanato tradicional da região do campo das vertentes em Minas Gerais, como a cestaria, a tecelagem manual e a fibra de juta foi o ponto de partida destas criações cuja temporada de estreia ocorreu entre os dias 27 de novembro e 09 de dezembro nas cidades de Tiradentes e São João Del Rey.  Trata-se do resultado de um dos projetos de Residência Docente da Diretoria de Ação Cultural (DAC) realizado no Campus Cultural UFMG em Tiradentes.

 

Artesanato como fio condutor

O artesanato para muitas cidades do interior do Brasil tem historicamente papel de destaque seja como fonte de renda ou como fortalecimento da cultura e identidades locais. Se em alguns contextos pode sofrer certa pasteurização e ter seu sentido esvaziado em função de demandas mercadológicas, em outras situações, a produção artesanal pode se apresentar como locus de manutenção de técnicas e conhecimentos muitas vezes ancestrais. Como é o caso da cestaria e da tecelagem encontrada em Tiradentes e nas cidades ao seu redor, notadamente em Resende Costa. A tecelagem manual fora em tempos não muito remotos uma importante atividade econômica de Tiradentes e região, mantendo-se presente na economia local. Bem como os cestos, que guardam uma forte herança indígena. Já a fibra de juta é frequentemente utilizada no artesanato da cidade. Foi por isso que dentre os inúmeros itens do artesanato desta região, a cestaria, a tecelagem e a fibra de juta foram escolhidos como material de trabalho criativo para a produção de “Os Floristas” e “Dona Juta”.

Criadas em parceria com o Barração UFMG, núcleo de pesquisa em cenografia e outras práticas cênicas espaciais, estas intervenções partem da pesquisa destes produtos artesanais, promovendo o deslocamento do seu uso original, ao transformar colchas em indumentária e a fibra de juta e a cestaria em máscaras. Somado a estes elementos juntaram-se paninhos de bandeja portugueses, porta-copos mexicanos e aventais ingleses - coletados pelo grupo em viagens - que ajudaram a compor uma caracterização que coloca em diálogo elementos do artesanato regional e internacional.

Dar foco ao artesanato foi uma das formas encontradas pela equipe de criação para abordar a relação entre cidade, o patrimônio cultural e o turismo, a partir de uma perspectiva teatral. Os artistas do Teatro&Cidade, oriundos de Belo Horizonte, ao entrarem em contato com a realidade local de Tiradentes encontraram um Centro Histórico tomado pelas atividades ligadas ao turismo, que se por um lado, garantiram a revitalização da cidade, por outro, acabaram fazendo com que os moradores nativos fossem cada vez mais empurrados para habitações localizadas na periferia da mesma. O artesanato foi percebido como um ponto de interseção entre turistas e tiradentinos, por ser onde o turista pode não só ter contato com o potencial criativo dos artesãos, como acabam por levar consigo parte deste universo local, ao adquirir uma das peças das mais variadas lojas espalhadas pela cidade.

Um convívio criativo

O fato do processo de criação ter se dado na rua foi outra maneira de favorecer a relação com a cidade, pois fez com que a população local pudesse ter contato com os criadores desde o início, já que a maior parte dos ensaios fora realizada nas ruas dos diferentes bairros de Tiradentes. Isso fez com que “Os Floristas” e “Dona Juta” sejam intervenções que dialoguem com um espectro de público amplo, atingindo desde crianças a adultos, numa articulação entre os visuais coloridos dos figurinos com a musicalidade da sanfona e de pequenos objetos percussivos, viabilizando sua adaptação para os mais variados espaços de diferentes cidades.

Os Floristas

Vídeo Completo

Sobre o processo de criação

floristas dimanatina 2
floristas 4
©Ariane_Lazario-2-30
©Ariane_Lazario-2-36
©Ariane_Lazario-9337 (1)
©Ariane_Lazario-3669
floristas diamantina 3
©Ariane_Lazario-9389 (1)
Os_Floristas_Foto__Rogerio_Lopes_6__Cuib
Os Floristas Foto  Tina Horta 5
Os Floristas Foto  Tina Horta 3
Dona Juta
Foto Rogério Lopes
Foto Rogério Lopes
Foto Flavio Rabelo
Foto Rogério Lopes
Foto Rogério Lopes
Foto Flavio Rabelo
Sobre o processo de criação
Artesanato como fio condutor
Um convívio criativo
bottom of page